A Ginástica Artística é uma modalidade complexa que exige um conjunto abrangente de movimentos dinâmicos/estáticos. Estes movimentos requerem o domínio total do corpo e o desenvolvimento de todas as capacidades relacionadas com a condição física (força, flexibilidade, resistência e velocidade) e a coordenação (orientação espacial, diferenciação cinestésica, reação, ritmo e equilíbrio). As competições oficiais de ginástica artística são regulamentadas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) que estabelece as normas e os calendários para todos os eventos internacionais. Cabe igualmente à FIG a responsabilidade sobre o Código de Pontuação. A fixação dos calendários competitivos nacionais e o quadro de preparação das seleções nacionais é da responsabilidade da Federação de Ginástica de Portugal (FGP). Nas provas distritais, o calendário é estabelecido pela Associação de Ginástica do Norte (AGN).

A ginástica artística feminina (GAF) utiliza 4 aparelhos. Estes aparelhos são os Saltos, as Paralelas assimétricas, a Trave e o Solo.

Saltos: A prova é composta por uma pista de corrida de 25 metros, um trampolim e uma mesa de saltos. O salto é a prova mais rápida da ginástica artística. A ginasta deve efetuar uma corrida prévia com chamada no trampolim e apoio das mãos na mesa de saltos terminando com um mortal com ou sem rotação, que deve ter uma receção equilibrada. A avaliação é efetuada no 1º voo (movimento entre a chamada no trampolim e a mesa de saltos), a impulsão na mesa de saltos e o 2º voo (altura e comprimento do movimento após o apoio, posição do corpo e receção equilibrada).

Paralelas Assimétricas: Este aparelho possui duas barras (banzos) em diferentes alturas, possibilitando à ginasta um leque variado de movimentos. A ginasta deve apresentar movimentos de balanço, mudanças de barras e de pegas com rotações, elementos com voo na mesma barra, ou de uma barra para a outra. Na conclusão do exercício deve ser efetuado um elemento com mortal.

Trave: A trave é revestida por um material aderente com apenas dez centímetros de largura. Neste aparelho, a ginasta deve equilibrar-se e realizar elementos acrobáticos e de dança com variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos. Nomeadamente, deve apresentar saltos e giros, percorrendo a trave para frente, para o lado e para trás. A conclusão do exercício deve ser efetuada com uma saída com um mortal.

Solo: Os exercícios de solo realizam-se num praticável de 12x12m constituído por um material elástico que amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso dos elementos acrobáticos e de dança. Os exercícios no solo devem conter um equilíbrio entre elementos acrobáticos e de dança com combinações coreográficas, formando um todo harmonioso. Os exercícios incluem um acompanhamento musical e a coreografia é concebida de acordo com a música e as caraterísticas de cada ginasta.

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